Retomada do emprego passa pelas micro e pequenas empresas

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09 de fevereiro de 2017

Retomada do emprego passa pelas micro e pequenas empresas

Dados do Caged de dezembro de 2016 mostram diminuição no ritmo das demissões. Para Guilherme Afif, do Sebrae, o pequeno empresário é mais dependente da mão de obra, por isso só demite em último caso

As micro e pequenas empresas são responsáveis por mais da metade dos empregos com carteira assinada (52% do total) segundo de levantamento feito pelo Sebrae, com base em dados de 2016 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Mas essas empresas também sofreram com a recessão, e precisaram demitir. Ao longo do ano passado, elas encerraram 281 mil vagas, um número 35% superior ao resultado de 2015.
Apenas dois setores tiveram saldo positivo de empregos, o de Serviços, com 28,8 mil novas vagas, e o de Agropecuária, com 20 mil novos postos gerados em 2016.
Já o setor que mais registrou fechamento de vagas foi o da Indústria da Transformação (-119,9 mil), seguido pela Construção Civil (-116,9 mil) e pelo Comércio (-91,3 mil vagas). 
RECUPERAÇÃO
Pelo levantamento do Sebrae, em todas as regiões do país houve redução do número de demissões nos pequenos negócios em dezembro de 2016, quando comparado a dezembro de 2015. 
Como exemplo, no Norte, foram 9,3 mil vagas extintas no último mês de 2016, 31% a menos do que no ano anterior. No Sudeste, o saldo negativo foi de 112,6 mil empregos, 26% inferior às dispensas de dezembro de 2015. 
Na opinião de Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae, as empresas de menor porte dependem mais da mão de obra, por isso tendem a demitir apenas em último caso. 
Enquanto as micro e pequenas fecharam 281 mil vagas em 2016,  os dados do Caged mostram que as grandes empresas demitiram 1,3 milhão de trabalhadores.
“Se uma empresa com quatro trabalhadores demite dois, há uma redução de 50% no quadro de funcionários. Por isso, ela segura mais o empregado”, destaca Afif, que, no entanto, vê no atual nível de endividamento do setor um problema para 2017. 
“Falta capital de giro e 83% dos pequenos não têm crédito ainda”, afirma.

Fonte: Agência Sebrae