Confira a coluna Sescap-Ldr na Folha de Londrina - "Estratégia para empreender"

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06 de março de 2018

Confira a coluna Sescap-Ldr na Folha de Londrina - "Estratégia para empreender"

Trinta segundos. Esse é o tempo que você tem para convencer o empregador ou um investidor a te contratar ou investir no seu negócio. Não se trata de um reality show, mas sim da vida real, sem holofotes e longe das câmeras. O tempo pode parecer curto, e de fato é, mas trata-se do mercado de trabalho e meio minuto é o que, normalmente, quem está a procura de um emprego ou quer vender uma ideia tem para impressionar quem oferta uma vaga ou possui cacife para investir na sua ideia. Em tempos de crise e em um cenário de maior flexibilidade das leis trabalhistas, o cronômetro apertado pode assustar mais ainda. A boa ou má impressão, neste caso, virá por meio do currículo que aqui vale tanto para um emprego convencional como para um empreendedor. 
De acordo com o consultor do Sescap (Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região), Taylan Alves, "seja como um estagiário, empregado ou um intraempreendedor, são menos de 30 segundos para que o documento chame a atenção de quem seleciona, e por isso alguns cuidados importantes devem ser tomados para não se aventurar, tampouco perder uma oportunidade". 
Logo de cara, Alves já derruba uma das grandes dúvidas de quem elabora um currículo: com foto ou sem? "Apesar de não ser um erro, evite colocar imagem" e complementa que também "não é necessário citar o estado civil e se tem filhos ou não". A evolução e as transformações na forma de se relacionar também está interferindo na maneira de como elaborar o currículo. O consultor do Sescap-Ldr chama a atenção para a importância de inserir no documento, além de e-mail e telefone para contato, links das redes sociais profissionais e sites, caso houver. 
Apesar disso, o currículo é um documento conservador e, por isso, todo cuidado é fundamental para que nenhuma gafe ocorra e as portas se fechem para quem está atrás de uma nova oportunidade no mercado de trabalho. "Informar errado ou esquecer-se de informar dados de contato, colocar número de documentos pessoais, filiação, citar que conhece pessoas da empresa, colocar fotos escandalosas (semblante com expressão forte, roupa inadequada, acessórios em excesso, mostrar as mãos) ou frases apelativas, ditados populares e citações religiosas" são falhas comprometedoras, segundo Alves. 

Microempreendedor também faz currículo? 
"Sim, claro! Mas nem sempre", explica Taylan Alves, consultor do Sescap-Ldr. O empreendedorismo pode ser dividido em três espécies: empreendedorismo corporativo (intraempreendedorismo ou empreendedor interno), empreendedorismo startup e o empreendedorismo social. 
"Apenas na modalidade corporativa que se usa o currículo como meio de apresentação pessoal e profissional, pois é a forma pela qual o empreendedor se empenha num negócio que não é seu, mas trabalha e pensa como se fosse", esclarece. 
Segundo o consultor, "nas modalidades startup (inteligência aplicada a soluções e finalidade lucrativa) e social (inteligência aplicada a soluções para aspectos sociais, econômicos, culturais e ambiente sustentável), em que a pessoa empreende naquilo que é seu, neste caso utiliza-se outros canais para apresentação pessoa e profissional como sites, cartões de visita, e-mail marketing, banner, outdoor, jornais, televisão, rádio entre outros". 

E quando não se tem experiência profissional, o que fazer? 
Não existe segredo nem atalho, mas há três dicas importantes: a primeira é citar trabalhos informais realizados, ainda que esporadicamente e sem remuneração, pois é uma forma de se desenvolver competências e adquirir responsabilidades, a exemplo de cuidadores de pessoas, animais, patrimônio, garçons, auxiliares em geral, vendedores autônomos, trabalhos artesanais, acadêmicos ou sociais. 
A segunda dica é procurar por vagas que são destinadas a pessoas em início de carreira e com pouca ou nenhuma experiência, por exemplo, estágio, aprendiz ou trainee. 
A terceira dica é se dispor a realizar trabalhos sociais, acadêmicos e/ou voluntários em escola, faculdade, associação de moradores, igrejas, clubes, sindicatos, ONGs e etc., além, claro, de empreender naquilo que você tem aptidão para fazer. 

Crise bateu à porta, e aí? 
As dificuldades devem ser encaradas como oportunidades de aprendizado e evolução, pois atravessar um momento de crise requer atitude empreendedora, preparo, cautela, disciplina, coragem e inovação. 
"Diante de uma recessão na cadeia econômica e produtiva existe uma seleção natural das organizações e dos empreendedores, porque, apesar da redução no consumo, as pessoas continuam se alimentando, se vestindo, se locomovendo, se medicando, se divertindo, se educando, se protegendo", argumenta. 
Além disso, podem ser tomadas medidas externas e internas que são verdadeiras estratégias de superação para o momento de dificuldade, por exemplo, 
"rever os parceiros de negócio, melhorar as condições de pagamento com novas modalidades alternativas, ampliar ou reduzir prazos, renegociar com fornecedores para repassar as vantagens aos consumidores, não tomar dívidas altas, reduzir o quadro de pessoal, estudar a troca do regime tributário da empresa". 

 

Fonte: Jornal Folha de Londrina/Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região (Sescap-Ldr).