O Brasil tem mais de 115 mil holdings ativas, segundo dados divulgados pelo Mapa de Empresas do Governo Federal. Em constante expansão, o conceito de holding vem ganhando destaque no cenário empresarial brasileiro e reflete a diversificação das estratégias de gestão patrimonial e empresarial.
“No contexto do planejamento sucessório, a holding serve para estruturar a riqueza da família usando pessoas jurídicas, organizando as relações econômicas e políticas familiar com o patrimônio”, explica o advogado e especialista em Planejamento Patrimonial e Sucessório pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Luiz Couto.
Há diversos tipos de holdings, entretanto a holding familiar e patrimonial são as mais conhecidas do público. A familiar é criada para administrar o patrimônio de uma família, facilitando a sucessão e a divisão de bens entre os herdeiros. Este tipo de holding busca proteger o patrimônio familiar, evitando conflitos e garantindo uma transição ordenada entre as gerações.
Enquanto a holding patrimonial é focada na gestão de bens e ativos patrimoniais, a holding patrimonial pode incluir imóveis, investimentos financeiros, entre outros. Seu objetivo principal é otimizar a administração e o aproveitamento fiscal desses ativos.
“Atualmente, fala-se no novo ciclo das holdings e um dos fatores se deve à procura, que é muito maior pelo serviço diretamente. É um contexto patrimonial que se transformou; o perfil imobiliarista para um perfil de cliente com ativos financeiros. Temos um público de prontidão para compra. No mercado, os profissionais hoje têm mais condições de concorrer, mesmo os mais novos na área, porque as principais regras do jogo estão mudando: reforma tributária, modificações do código civil, entre outros”, ressalta Couto.
Recomenda-se montar uma holding para tratar de aspectos como planejamento sucessório, proteção patrimonial, eficiência fiscal e gestão centralizada.
“No caso do planejamento sucessório, a holding ajuda a evitar disputas entre herdeiros e garantir uma transição patrimonial tranquila. Em relação à proteção patrimonial, é importante para proteger bens contra possíveis riscos legais e financeiros. E quando se trata de eficiência fiscal, é no sentido de aproveitar os benefícios fiscais e otimizar a carga tributária. Já a gestão centralizada serve para unificar a gestão de diferentes negócios ou ativos, facilitando a tomada de decisões estratégicas”, pontua o empresário contábil e presidente do SESCAP-LDR, Euclides Nandes Correia.
Advogados e empresários contábeis são peças chaves na criação e gestão de holdings. A congruência do trabalho entre esses profissionais é determinante quando se trata de holding.
Segundo os especialistas, as holdings representam uma ferramenta poderosa para a gestão empresarial e patrimonial, mas exigem uma abordagem cuidadosa e bem planejada. Com a evolução contínua do setor e a adaptação às novas tecnologias e regulamentações, as holdings continuarão a desempenhar um papel crucial no desenvolvimento econômico e na proteção do patrimônio no Brasil.
“Conect – 8º Fórum SESCAP-LDR” - “O Novo Ciclo das Holdings: como atender os clientes com ativos de alta liquidez (investimentos financeiros) ” é um dos temas que serão discutidos durante o evento “Conect – 8º Fórum SESCAP-LDR”, que acontece no dia 25 de julho deste ano, no Buffet Laguna.
O advogado especialista em Planejamento Patrimonial e Sucessório pela FGV, Planejador Financeiro Certificado - CFP® e consultor de Valores Mobiliários, Luiz Couto é um dos palestrantes confirmados no evento.
Para participar do evento é necessário se inscrever no site sescapldr.com.br