Coluna SESCAP-LDR na Folha de Londrina - Empresas Contábeis: O que esperar de 2023?

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23 de dezembro de 2022

Coluna SESCAP-LDR na Folha de Londrina - Empresas Contábeis: O que esperar de 2023?

O ano chega ao fim marcado por inúmeros debates em torno de temas que impactam diretamente a área contábil e, consequentemente, as empresas. O Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região (SESCAP-LDR), juntamente com a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), acompanhou o cumprimento da complexa legislação tributária e cobrou mudanças de inúmeros fatores que dificultam o dia a dia das empresas contábeis e de seus respectivos clientes.

“Foi um ano de retomada da economia e nos valemos da maior valorização do profissional contábil, que foi um verdadeiro anjo da guarda das empresas durante toda a pandemia. Entretanto, em relação às pautas legislativas, foi um ano de muito debate, mas sem aprovações. Os temas foram bastante concentrados na reforma tributária e atualização das tabelas do Imposto de Renda Pessoa Física e do Simples Nacional”, comenta o Diretor de Políticas Estratégicas e Legislativas da Fenacon, Diogo Chamun.

Para 2023, tudo indica que haverá grandes desafios para o setor contábil. Novo governo, porém pautas antigas devem voltar ao centro das discussões à espera de uma solução definitiva e menos especulações.

A reforma tributária é uma pauta permanente no Congresso Nacional, no Poder Executivo e também na sociedade, já que impacta todos os cidadãos. Segundo especialistas da área contábil, ela deve voltar com toda força no próximo ano, já que é fundamental e houve uma renovação importante dos parlamentares.

Entre os pontos a serem debatidos da reforma tributária, segundo o diretor da Fenacon, estão a simplificação dos processos tributários e a melhoria no ambiente dos negócios do Brasil. “Não adianta aprovar um texto todo remendado, que traga ainda mais complexidade e insegurança para os pagadores de impostos. Também é inadiável a atualização das tabelas do IRPF e do Simples Nacional, bem como criar um dispositivo de atualização automática por um índice inflacionário”, defende Chamun.

As principais premissas que a Fenacon e o SESCAP-LDR defendem são a simplificação, equidade fiscal e o não aumento da carga tributária.  De acordo com as entidades, a simplificação é fundamental e traria uma série de benefícios, como a redução do tempo para cumprimento das obrigações principais e acessórias, diminuição do risco de multas, segurança jurídica, entre outros. No que diz respeito a equidade fiscal ressaltam que é uma questão de justiça, na qual as empresas e indivíduos não sejam taxados uns mais que outros.

 “Já em relação à carga tributária, entendemos que talvez não seja possível sua redução neste momento, mas também não admitimos que seja elevada. Defendemos um Estado menor, prestando apenas serviços básicos e, por consequência, teria uma necessidade menor de arrecadação”, explica o diretor da Fenacon.

Ele ainda acrescenta que a Fenacon vai concentrar esforços em temas prioritários para seus representados e para o desenvolvimento do país. De acordo com a entidade, o foco serão as matérias tributárias e de empreendedorismo, bem como temas que tratem de simplificação e desburocratização. E reforça que a expectativa é aumentar ainda mais o reconhecimento e a importância da contabilidade para as empresas e para a sociedade, além de acabar de vez com a visão do ‘mal necessário’ e estar cada vez mais ligada a gestão das empresas.

 

 

Fonte: Jornal Folha de Londrina/Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região (SESCAP-LDR)