O ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou uma ampla análise do atual cenário da economia brasileira e internacional e chamou atenção para o avanço no processo de digitalização dos serviços do governo ao participar de entrevista na “Live Suno Research”, na última semana.
Guedes apresentou informação preliminar de que o Brasil saiu da sétima para a segunda colocação no ranking de melhores governos digitais do mundo. Atualmente, o país já é classificado com o primeiro lugar das Américas na avaliação do Banco Mundial, que mede essa transformação digital no serviço público em 198 economias pelo mundo. O ministro reforçou também que não há nenhum plano para alterar regras de reajustes do salário mínimo e aposentadorias.
Sobre os desafios futuros, o ministro ressaltou a importância da reforma tributária como forma de garantir recursos para programas sociais, notadamente o Auxílio Brasil. O desenho dessa reforma, segundo o ministro, passa por reduzir a tributação sobre as empresas e adotar a tributação sobre a distribuição de lucros e dividendos. Uma proposta nesses moldes (PL 2337/21) já foi aprovada na Câmara dos Deputados e aguarda deliberação no Senado.
Guedes afirmou que o Brasil avança no “caminho da prosperidade”, com desempenho melhor que o de grandes economias mundiais, sob um ritmo de retomada consolidada e sustentada do crescimento. Citou dados sobre a alta do Produto Interno Bruto (PIB), a contenção do processo inflacionário e a geração de empregos, especialmente no mercado formal.
De acordo com o ministro, o Brasil foi rápido ao combater a crise provocada pela pandemia da Covid-19, e, por isso, atualmente segue em plena recuperação. Ele lembrou que a inflação caiu de 12,5% para 5,5% e ressaltou que os agentes de mercado já perceberam a nova dinâmica do crescimento doméstico e revisaram estimativas sobre o comportamento do PIB este ano. No começo do ano, pontuou, havia projeções de que o país enfrentaria recessão neste ano. No entanto, a mais recente edição do boletim Focus, do Banco Central, mostra que o mercado aposta em alta de 2,76% do PIB brasileiro em 2022. Guedes destacou a importância da manutenção da responsabilidade fiscal nesse processo de retomada do crescimento e salientou que a relação Dívida/PIB está em 77%, ou seja, já retornou ao patamar pré-pandemia.
Sob o eixo das reformas estruturantes, a dinâmica brasileira de investimento ganhou novo foco, com protagonismo do setor privado e não mais sob um sistema de prevalência estatal, explicou o ministro. Segundo ele, os aprimoramentos dos marcos regulatórios resultaram em aumento de projetos privados em diversos segmentos como 5G, Telecomunicações, Energia Renovável, Saneamento, Eletricidade, Ferrovias, Rodovias, Portos e Aeroportos.
Guedes enfatizou os avanços nas privatizações e concessões e disse que o estoque de investimentos já contratados para os próximos anos pelo setor privado ultrapassa R$ 900 bilhões – o que assegura o crescimento econômico sustentado. Conforme citou, o contexto positivo se revela em diversos indicadores, como na criação de 16,7 milhões de empregos desde a fase mais aguda da crise provocada pela pandemia.
Fonte: Ministério da Economia