Coluna SESCAP-LDR na Folha de Londrina: "Juros altos e Reforma Tributária amplia o debate entre os empresários"

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15 de setembro de 2025

Coluna SESCAP-LDR na Folha de Londrina: "Juros altos e Reforma Tributária amplia o debate entre os empresários"

O SESCAP-LDR, durante o evento “Conect 2025 SESCAP-LDR”, trouxe à tona temas relevantes para o setor empresarial, destacando o mercado multigeracional, economia, gestão e Reforma Tributária.

O Conect 2025 SESCAP-LDR reuniu palestrantes renomados em diversas áreas e colocou em pauta o dilema central do momento: como proteger o capital em um ambiente de incerteza, enquanto empresas e investidores se preparam para a implantação da Reforma Tributária. No eixo de conjuntura, a orientação foi de prudência.

Um dos palestrantes do evento, o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fábio Bentes, destacou que o momento agora é de cautela. “Fica na renda fixa, pelo menos até a eleição passar, para não acordar uma sexta-feira triste porque a bolsa de Xangai caiu e puxou a B3 junto”, orienta e avalia que a relação risco retorno ainda favorece conservadorismo no curto prazo.

O argumento não ignora os efeitos macroeconômicos dos juros altos, mas prioriza a preservação do poder de compra para quem tem caixa positivo: “Se ela é ruim para a gente como sociedade, para quem está com superávit, é diferente, pois ajuda a proteger um pouco o poder do dinheiro, o valor do dinheiro”.

No campo tributário, o debate ganhou contornos práticos com a participação de Adriano Subirá, palestrante, e assessor tributário na Câmara dos Deputados e Auditor-Fiscal da Receita Federal (1993-2024) que se destaca como atuante na Reforma Tributária desde 2020, com participação no Confaz, na implementação da NFS-e nacional e como membro do PAT-RTC do Ministério da Fazenda.  Subirá resumiu o espírito da transição: “Sai o PIS e o COFINS, entra a CBS com uma nova lógica”, lembrando que, por um período, conviverão o modelo antigo (ICMS e ISS) e o novo (IBS e CBS).

Para o assessor tributário, os ganhos de simplificação tendem a ser sentidos de forma mais clara a partir do calendário de implementação: “Acredito que o benefício mesmo a gente vai começar a sentir em 2027.”

A palavra de ordem é planejamento financeiro de empresas e investidores.  Enquanto a renda fixa oferece abrigo para a liquidez diante da volatilidade, a transição para IBS e CBS exige preparação de sistemas, revisão de cadeias e atenção a créditos e compliance, evitando custos de adaptação às pressas. Na leitura dos palestrantes, a redução de complexidade e o pré-preenchimento prometem atenuar o contencioso e melhorar a previsibilidade, atributos valiosos quando o custo do dinheiro permanece elevado.

“Diante da atual conjuntura econômica interna e externa, o SESCAP-LDR trouxe para o evento especialistas em diversas áreas para traçar um panorama que possibilitou aos participantes do evento uma compreensão geral de como deve ser a atuação frente as instabilidades do mercado financeiro e as mudanças seja ela tributária, de gestão e operação dos negócios”, pontua a diretora de eventos do SESCAP-LDR e empresária contábil, Marisa Ribeiro Furlan.

Em um ambiente de transição tributária e oscilações externas, conservar caixa com instrumentos de menor risco e organizar processos para o novo regime fiscal compõem uma estratégia coerente: cautela no curto prazo, com prontidão para capturar os ganhos de eficiência que a reforma pretende entregar ao longo da implementação.

 

Fonte: Folha de Londrina | Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região (SESCAP-LDR).