De janeiro a junho deste ano, surgiram 902.290 novas empresas de Microempreendedores Individuais (MEIs), do total de 1.142.641 companhias criadas no País no período. O resultado representa 10,5% a mais do que o registrado no mesmo primeiro semestre de 2016.
O número recorde de novas empresas constituídas por microempreendedores individuais no primeiro semestre impulsionou também o recorde de novos negócios criados no Brasil nos seis primeiros meses do ano: foram 902.290 MEIs, ou 79% do total das 1.142.641 novas empresas nascidas no período, os mais altos números para os seis primeiros meses do ano desde 2010, quando o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas foi criado.
No primeiro semestre de 2016, a criação de microempreendedores individuais totalizou 816.704, ou 10,5% a menos do que o total registrado neste ano. O número de novos MEIs também foi recorde em junho, com a criação de 145.946 novas empresas dessa natureza jurídica para um mês de junho desde o início da série histórica. Em junho de 2016, haviam sido 136.356 novos negócios de microempreendedores individuais, acusando uma alta de 9,8%. "Os números do semestre refletiram o fenômeno do empreendedorismo por necessidade, quando pessoas que foram demitidas procuram meios de se recolocar no mercado", diz o vice-presidente de Pessoa Jurídica da Serasa Experian, Victor Loyola.
No primeiro semestre de 2017, as Sociedades Limitadas registraram a criação de 89.775 unidades, ou 7,9% do total de novos negócios; também surgiram 86.075 Empresas Individuais (7,5% do total). O nascimento de novas empresas de outras naturezas jurídicas representou 5,6% de todos os novos empreendimentos no primeiro semestre. De janeiro a junho deste ano, o setor de serviços continuou liderando o ranking dos mais procurados por quem decidiu empreender: das 1.142.641 novas empresas nascidas no período, 730.240 eram de serviços, o equivalente a 63,9% do total. Em seguida, 317.512 empresas comerciais (27,8% do total) e, no setor industrial, foram abertas 91.525 empresas (8% do total).
Nos últimos sete anos, houve um crescimento constante na participação das empresas de serviços no total de empresas que nascem no País, passando de 53,1% (primeiro semestre de 2010) para 63,9% (primeiro semestre de 2017). Por outro lado, a participação do setor comercial tem recuado (de 35,4%, primeiro semestre de 2010, para 27,8% no mesmo período de 2017). Já a participação das novas empresas industriais se mantém estável. Os dados mostram que, entre as 1.142.641 novas empresas nascidas no último semestre, 7,6% são serviços de alimentação, e 7,3% são do ramo de comércio de confecções em geral. Serviços de higiene e embelezamento estão em terceiro lugar, com 6,8%. Reparos e manutenção de prédios e instalações, em quarto lugar, com 6,3% do total de empresas nascidas entre janeiro e junho de 2017. O Sudeste segue liderando o ranking de nascimento de empresas, com 588.180 novos negócios abertos no primeiro semestre de 2017, ou 51,5% do total. A região Sul ocupou a segunda posição, com 17,3% (197.270 empresas).
O Nordeste ficou em terceiro lugar, com participação de 16,7%, 191.122 novas empresas. O Centro-Oeste registrou a abertura de 106.593 empresas e foi responsável por 9,3% de participação no total de nascimentos, seguido pela região Norte, com 59.476 novas empresas, ou 5,2% do total de empreendimentos inaugurados. A região Centro-Oeste foi a que registrou maior alta no número de nascimentos (18,8%) na comparação entre o primeiro semestre/2017 e o primeiro semestre/2016. A região Norte teve crescimento de 17,9% no período, seguida pela região Sul, que apresentou alta de 17,0%. O Sudeste contabilizou a abertura de 12,8% novos empreendimentos em relação ao primeiro semestre/2016; e o Nordeste, 12,7%.
Fonte: Contadores.cnt.br com informações do Jornal do Comércio - RS