As entidades do setor produtivo de Londrina vêm esclarecer à toda a sociedade londrinense que lamenta a decisão tomada na noite de quinta-feira, 9, pelo Coesp (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública), que definiu pela retomada das atividades industriais e da construção civil para somente 15 de abril, e o comércio para 20 deste mês.
Por isso, defendemos e solicitamos a este grupo e à Prefeitura Municipal a abertura imediata dessas atividades, com a adoção rígida de todos os protocolos de saúde e segurança por parte das empresas e do cidadão comum, como forma de dar continuidade às medidas necessárias para a contenção da COVID-19. O documento foi entregue na última semana ao prefeito Marcelo Belinati como forma de colaborar e agilizar a retomada gradual do trabalho.
Fizemos nossa parte, comprometemos a saúde financeira dos negócios e da cidade, agora, precisamos de apoio para colocar Londrina de volta aos trilhos. Com todo cuidado e zelo que a população merece.
Compreendemos a preocupação das autoridades de saúde, mas não podemos nos calar diante do caos social que já se instaurou em nossa cidade, vindo a se agravar nos próximos dias com a permanência do fechamento dos estabelecimentos. Empresas já não conseguirão mais reabrir suas portas e a demissão de um quadro de pelo menos 6 mil trabalhadores já são consequências reais deste impasse.
O retorno das atividades de maneira imediata já não irá mais reverter os profundos impactos sofridos até aqui, mas ao menos nos dará a chance de lutar para amenizar os danos. Nossa preocupação é com a saúde das pessoas e também com a situação de famílias inteiras que já viram seus sustentos comprometidos pelo fechamento das empresas.
Reiteramos que o retorno imediato do comércio, indústria e serviços é fundamental para não terminarmos de aniquilar por completo, inclusive, as micro e pequenas empresas, que são grandes geradoras de emprego e renda.
Aproveitamos, mais uma vez, para reafirmar que a sensibilização e colaboração devem vir de todos os setores, principalmente daqueles que têm seus altos salários e renda garantidos todos os meses, sem a interferência do funcionamento de nossas atividades econômicas. É o caso da classe política e da elite do funcionalismo público, a quem clamamos para que reduzam seus salários e direcionem essa economia ao atendimento da população mais vulnerável nesse cenário calamitoso.
Por fim, solicitamos que o Coesp e o Ministério Público sejam mais esclarecedores sobre os motivos que o levaram a prorrogar o isolamento social, com dados técnicos e enfáticos, inclusive, informando qual é a real situação das unidades e equipamentos hospitalares. E à Prefeitura de Londrina que se posicione com olhar atento também ao equilíbrio da saúde humana e a saúde econômica do município.
Não concordamos que a definição do futuro dos negócios que movem a economia desta cidade seja tomada sem a nossa presença.
Atenciosamente,
ACIL
Sincoval
Sindimetal
Sociedade Rural do Paraná
Abrasel
Ceal
Sinduscon
TI Paraná
APL TI Londrina
Cintec
Sincovave
Secovi
Secovi Med +
Abigraf
Sigep
Sivepar
SESCAP-LDR